Dia desses, eu estava num ponto de ônibus, esperando por alguém. Era um desses pontos de parada completos, instalados por alguma administração pública, não me lembro quando, com banco e tudo mais. E estava intacto. Isso porque grande parte desses pontos já foram depredados por vândalos, essa praga dos dias de hoje. São talvez uma parte mínima da população, se divertem em fazer o mal e causam estragos para toda a gente. Depois, critica-se as administrações públicas pelos grandes problemas urbanos, causados por esses animais não-civilizados.
Ao meu lado, havia um garotão, aparentando uns vinte anos, bem vesitdo, de roupa esportiva, não tendo nada que lembrasse um animal. So que, em vez ´de sentar como as pessoas sensatas fazem, estava com o traseiro no encosto e os pés no lugar onde se costuma colocar a parte mais caluda do corpo. Tive ímpeto de perguntar-lhe porque fazia isso, e como ele se sentava em sua casa, à mesa das refeições. Me contive, para evitar uma resposta atravessada e para não parecer um velho rabujento. Esse jeito de sentar-se é uma das manias entre jovens e adolescentes de ambos os sexos, e até com alguns adultos. Será que essa gente não sabe qual é o lugar dos pés e qual é o lugar do traseiro. Talvez a alegação é que os outros fazem isso e eles têm medo de sujar sua calça. Mas de onde partiu essa mania? É a velha história da galinha e dos ovos: quem nasceu primeiro?
O piso do ponto é mais elevado do que o da calçada normal, outra boa iniciativa da administração municipal, para que as pessoas notadamente idosos e doentes, não tenham que fazer muito esforço para embarcar. mas não há um só motorista que encoste seu veículo nesse piso. As pessoas têm que descer até o nível da rua e depois levantar as pernas para levantar. Aí parece uma condição corporativa. Por que será que acontecem essas coisas?
Cidadania é a palavra da moda. É explicada nas escolas, em campanhas educativas e aborda uma série de coisas particulares que prejudicam a todos. Jogar lixo no chão, jogar ponta de cigarro em qualquer lugar, sujar rios e córregos, pixar muros e paredes, enfim, uma série de coisas que todo mundo já sabe que não deve fazer. Mas essa dos pontos de ônibus parece que ainda não foi abordada por ninguém.
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
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