Saraus lítero-musicais estão acontecendo em várias partes de São Paulo, numa verdadeira reação contra o que parece ser a robotização do ser humano nesta era tecnológica. Poetas, músicos e cantadores desconhecidos surgem a todo momento, mostrando que a arte está viva é é essencial neste planeta.
Guarulhos pode ter sido a pioneira neste trabalho, pois há quase quarenta anos acontece, mensalmente, o Recital Aberto de Poesia, na biblioteca Monteiro Lobato. Hoje, acontecem também saraus mensais no IPC, na Casa dos Cordéis e no Johrei, da Igreja Messiânica Mundial de Guarulhos, além de outros eventuais e esporádicos, em templos e associações diversas. Nesses eventos, atualmente, há mais músicos do que poetas.
José Barbosa da Silva, ou simplesmente Barbosa, é uma das figuras indispensáveis nesse reduto. Ele executa no violão peças clássicas do cancioneiro popular brasileiro e internacional e, na viola, o melhor da música regional daqui do sudeste, também chamada música caipira. Nascido em 1948, em Tupi Paulista, na região da Alta Paulista, perto de Dracena, veio para Guarulhos em1980, estudou violão clássico e harmônica, e aprendeu sozinho a tocar viola, influência da gente do interior.
Marceneiro de profissão, trabalhou em importantes fábricas de móveis de estilo. Mas, um dia, decidiu ser seu próprio patrão e fazer o que mais gosta. Agora, fabrica artesanalmente, em sua casa, violas e violões, que levam o selo Barbosa, e tem uma boa clientela de músicos caprichosos, que gostam de ter seu instrumento ao seu gosto.
Existem vários fabricantes pequenos de instrumentos musicais, em contraste com as grandes indústrias internacionais. Estes diferem daqueles pela forma caprichosa com que fazem seus instrumentos, ao gosto do freguês exigente, na acústica e na aparência. Quem produz instrumentos de corda é chamado de luthier.
Barbosinha afirma que faz cerca de quatro a cinco instrumentos por mês e tem como principal cliente a Orquestra Paulistana de Violas. Ele está preparando uma palestra musicada, que realizará brevemente na Casa dos Cordéis.
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
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